Palermo é uma cidade relativamente grande, com mais de 650 mil habitantes, e com um considerável patrimônio artístico e arquitetônico. Para conhecer bem a cidade pelo menos quatro dias são necessários, sobretudo para quem gosta de comer bem e não se importa de passar algumas horas nos restaurantes.
Eu, particularmente, hoje considero a gastronomia parte importante das viagens e é a única coisa que pesquiso antes de viajar. Pelo menos uma vez ao dia gosto de sentar num restaurante bom e comer bem, mesmo que isso implique ‘perder’ 3 horas de turismo.

Além disso, acho legal fazer alguma atividade cultural local. No caso de Palermo tentamos ir em uma ópera no Teatro Massimo, mas não pudemos entrar porque só aceitavam crianças com mais de 5 anos… Essa foi uma das poucas coisa que não pudemos fazer com um bebê de 1 ano. Faz parte.
O mais incrível de Palermo é a mescla de estilos árabe e normando, evidente em muitas residências e em alguma igrejas, como a Chiesa di San Giovanni degli Eremiti.

O mais bonito dessa igreja (entrada 6€) é o jardim com palmeiras, cítricos e cactus.

Do claustro normando no exterior dá para ter uma bela vista do Palazzo dei Normanni (Palácios dos Normandos), que está praticamente vizinho à igreja.
Junto à Catedral, a visita a esse Palácio é considerada um dos imprescindíveis em Palermo. Essa visita é tão especial não pelo Palácio em si, mas pela Cappella Palatina, que está no seu interior. Esse é um dos lugares incômodos para ir com bebê porque a entrada do carrinho não está permitida e tem algumas escadas para subir com ele no colo.

A Capela é impressionante. Os mosaicos em tons dourados e brilhantes são de uma sofisticação incrível, além da quantidade de pedras preciosas que adornam o espaço.

A imagem mais impactante é a do Cristo Pantocrator e dos anjos na cúpula.

Saindo do Palazzo dei Normanni em direção às Catacumbas dos Capuchinhos, paramos em um restaurante excelente de comida casalinga (caseira): Trattoria ai Cascinari.
O restaurante está numa zona meio esquisitinha, por isso não pense que você errou o caminho. É um restaurante muito frequentado por palermitanos, mesmo porque já começa a se afastar um pouco do centro histórico (está bem perto da Porta Nuova).
Para começar pedimos umas Almôndegas de berinjela (Polpette di melanzane). Eu adorei esse prato, mas Gonzalo não gostou nada. Todos pediam o antipasto misto nesse restaurante, mas já tínhamos provado e não nos agradou muito.

O primeiro prato principal foi um Spaghetti al nero di Seppia (Spaghetti com tinta de lula). Um dos pratos preferidos de Gonzalo e que fazem muito bem na Sicília.

O segundo prato foi um Cannelloni alla Norma. Uma delicia.

As sobremesas são da Pasticceria Cappello, muito famosa na cidade (aliás, fica bem pertinho da Porta Nuova). Uma das sobremesas foi uma Torta delizia al cioccolato.

A segunda foi uma Torta delizia al pistacchio. Uma melhor que outra! E são pequenas, então dá para pedir mais de uma e ainda passar na pastelaria e levar umas para casa.

A menos de 5 minutos dali estão as Catacumbas dos Capuchinhos (Catacombe dei Cappuccini). Essas catacumbas contêm os restos mumificados de cerca de 8.000 palermitanos falecidos entre os séculos XVII e XIX. Eles estão colocados segundo o status social, sexo, religião e profissão. As fotos não são permitidas, mas não faltam fotos na web para quem tiver curiosidade.
A imagem mais famosa dessas criptas subterrâneas é da menina Rosalia Lombardo, que morreu de pneumonia aos 2 anos em 1920. Seus pais contrataram na época o melhor embalsamador da Sicília e até hoje o corpo está em perfeitas condições, mesmo os órgãos internos.
É uma visita um pouco macabra e em alguns momentos pouco agradável. É um ambiente um pouco pesado, mas não deixa de ser uma visita interessante.
Trattoria Ai Cascinari
Via D’Ossuna 43/45 – Palermo
Média de Preço por Pessoa: 20-25€
Pasticceria Cappello
Via Colonna Rotta, 68 – Palermo (Porta Nuova)
Via Giosuè Carducci, 22 – Palermo (Politeama)